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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA DE DANDARA, 3ºano DO C.E.C.J


Faz cem anos desde a primeira exposição de Anita Malfatti em São Paulo, onde expôs suas obras vanguardistas exprimindo deliberadamente a influência dos movimentos modernos europeus, chocando a elite, além de receber críticas negativas. 
A pintora paulistana, figura feminina que apresentou a capacidade da mulher numa época excludente por parte de uma sociedade machista, deve ser celebrada não só pela importância deste centenário artístico, mas principalmente por seu papel social.

Anita é uma personagem do Modernismo brasileiro que foi capaz de mesmo com suas limitações fazer uma ruptura com os paradigmas, e mostrar à sociedade uma arte crítica e pitoresca. 
"A Boba", uma de suas obras mais famosas, faz referência à sua imagem, ironizando os preconceitos que sofria.

No Brasil atual, a sociedade ainda tem a cultura patriarcal de um século atrás, e esta pode ser vista nos dados divulgados diariamente. Entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas foram mortas apenas por sua condição de ser mulher, segundo a Organização Mundial da Saúde, o país possui a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.

A violência e a repressão na sociedade podem ser de forma física,  psicológica ou verbal, como àquela que sofreu a pintora modernista através das críticas exercidas sobre suas obras. 
Uma delas feita por Monteiro Lobato "Paranoia ou Mistificação?" que contribuiu para a marginalização da mesma no meio social. Esse fato também demonstra o machismo da época, pois Anita era uma jovem que havia viajado para vários lugares do mundo e possuía um estilo expressionista em suas obras, bem diferente da realidade brasileira, além de possuir uma das mãos mirradas e não ser inclusa na elite.

Hodiernamente a mulher ainda sofre resistência na sua trajetória, seja no transporte público, no trabalho ou na política.
Luta todos os dias para ter direitos igualitários com um salário digno e melhores condições de vida.

De acordo com os argumentos supracitados são necessárias medidas para abertura de unidades especializadas de forma mais agregada, como por exemplo, em áreas de alta taxa de denúncias contra o preconceito da mulher realizarem palestras, ou seminários em escolas sobre o assunto para que haja a desnaturalização do problema.
 O financiamento dos projetos apresentados seria dado através da redução de 45% do salário de nossos representantes políticos, direcionando a quantia para à sua realização.
Ademais, já dizia o grande escritor José Saramago: se podes olhar, vê. Se podes ver, repara. 
Ou seja, essa realidade não é exclusividade do país, mas seu enfrentamento sim, viver em uma cultura que ainda tem projeção de um século atrás e prejudica vorazmente uma classe é um problema da sociedade, e precisa ter sua devida visibilidade.

Dandara, 3001.

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