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terça-feira, 28 de junho de 2016

MEIO-DIA



MEIO-DIA


Meio-dia. Sol a pino. 
Corre de manso o regato. 
Na igreja repica o sino; 
Cheiram as ervas do mato. 

Na árvore canta a cigarra; 
Há recreio nas escolas: 
Tira-se, numa algazarra, 
A merenda das sacolas. 

O lavrador pousa a enxada 
No chão, descansa um momento, 
E enxuga a fronte suada, 
Contemplando o firmamento. 

Nas casas ferve a panela 
Sobre o fogão, nas cozinhas; 
A mulher chega à janela, 
Atira milho às galinhas. 

Meio-dia! O sol escalda, 
E brilha, em toda a pureza, 
Nos campos cor de esmeralda, 
E no céu cor de turquesa... 

E a voz do sino, ecoando 
Longe, de atalho em atalho, 
vai pelos campos, cantando 
A Vida, a Luz, o Trabalho.

© OLAVO BILAC 
In Poesias Infantis (2ª Ed.), 1929 

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