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domingo, 13 de setembro de 2015

OS TRÊS PILARES DO PALÁCIO DO AMOR


Para o médico brasileiro Flávio Gikovate o amor possui três pilares primordiais: afeto, sexo e razão. Ou seja, para uma relação ser considerada de boa qualidade requer a existência e aperfeiçoamento desses três elementos imanentes à condição amorosa.



“Quando  te vi amei-te já muito antes Tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci para ti antes de haver o mundo.” Fernando Pessoa
"Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos." Bertrand Russell
Eu não sei nada sobre o amor, mas eu leio muito. Assim, tentei condensar as considerações psicanalíticas do médico Flávio Gikovate sobre o amor. Para ele um amor adulto e sustentável deve se alicerçar em três pilares primordiais: afeto, sexo e razão.
PRIMEIRO PILAR DO AMOR: AFETO. Segundo o médico (e por extensão a própria psicanálise) o afeto é fundamental (às vezes inexplicável ou nem tanto, pode nascer da atração, da admiração, da sedução, etc. Para mim é fácil amar uma pessoa inteligente, gentil e ética.), o desejo de se unir aquele ser em particular, de lhe querer bem acima de tudo, de cuidar dele, de fazê-lo feliz e também a impossibilidade de imaginá-lo com outro indivíduo. O amor é uma união de corpos, corações e cérebros ou não é amor.
 
"Quando for fazer amor. Faça nu. Tire os diplomas. O status. Sucesso profissional. Suas etiquetas de grife. Tire a chaves do carro. Os cartões de crédito. Tire tudo. Até só sobrar a deliciosa. Apimentada humanidade." 
Zack Magiezi
SEGUNDO PILAR DO AMOR: SEXO. Bem, se você pretende velejar pela vítrea vida vinculado a doce companhia de alguém especial é essencial possuí-la e entregar-se a ela. A pessoa precisa ser suculenta e incendiária, carinhosa e criativa, querer dá e receber prazer. (O amor negocia sem egoísmo.) Nesse pilar está incluso além da intimidade a virtude da fidelidade. Internalizar a síndrome do escaravelho negro: ser leal ao seu amor até o fim.
TERCEIRO PILAR DO AMOR: RAZÃO. Segundo o velhinho (como carinhosamente chamo o Flávio) a razão significa sensivelmente duas coisas: afinidades e condições materiais. É indispensável ter afinidades intelectuais e morais com seu par romântico, caráter e personalidade parecidos. Em suma, serem dignos, cultos, divertidos, justos, sinceros, amorosos, bondosos e generosos além de apreciarem o mesmo arco de lazeres como socializações e viagens, leitura e escrita, possuírem consciência social e ecológica, gostos e objetivos semelhantes, numa idéia: ter telepatia conjugal. Quanto às condições materiais refere-se obviamente a esfera econômica dos parceiros, mas ela não deve ser um obstáculo intransponível a felicidade dos amantes. O amor é mais importante que o dinheiro. Soma-se a esse pilar da razão um projeto de vida em comum.
amor-liquido.jpg Acima: um livro excepcional. Amei a parte que o autor diz que substituímos “a introspecção por uma interação frenética e frívola” e o amor verdadeiro (aquele com potencial para ser perpétuo, companheiro e doce) por amores líquidos (que se trocam de tempos em tempos, mas que não satisfazem e só geram mais vazio e angústia em nós.). Na verdade, acho que essa substituição é involuntária devido à dificuldade de encontrar a pessoa certa para amar ou até mesmo de ser a pessoa certa para alguém amar. Não nós vemos, exceto diante do espelho.

Outra idéia seminal do Flávio chama-se +AMOR “A união de dois inteiros e não de duas metades”. Segundo ele os amores que aspiram à imortalidade devem constituir uma fusão entre amor e amizade. O melhor do amor e da amizade interpenetrados dando luz a uma relação madura de companheirismo, de respeito à individualidade do outro, de confiança mútua com o mínimo de sofrimento e o máximo de compreensão possível. Em suma, após acontecer entre duas criaturas meigas e mágicas o que o Cazuza aludiu como “coincidência”, para conseguirmos o que outro velhinho brilhante, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman chamou de “encontrar a intimidade, a alegria, a ternura e a afeição.” é imprescindível cultivarmos uma relação de amizade autentica com nosso parceiro afetivo operada através do diálogo e fruindo assim os deleites divinos desse amor-amigo. O amor sempre foi vida ou morte. O retorno ao útero num mergulho ígneo.
Não escolhemos quem amamos, mas escolhemos como amamos e só há uma maneira de amar: com amor infinito, incondicional e imortal. A felicidade que um casal que se ama pode proporcionar a si mesmo é ilimitada. Amor é vida. Diga “Sim” a vida. Coragem! Eu não sei nada sobre o amor, mas encantado aprendo tudo para construir meu Palácio.
"É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música." Honoré de Balzac

“Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos?”
"Todos os bailarinos submergiram na colina." T.S.Eliot


© obvious: http://obviousmag.org/arcano_do_aleph/2015/os-tres-pilares-do-amor.html#ixzz3leYQRIBD 

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