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domingo, 4 de novembro de 2012

Silêncios que dizem tudo…



Às vezes quero silêncio.
E, às vezes, quero rir sem motivo, chorar sem motivo.
Ser absolutamente boba sem motivo.
Eu não quero ter razão todo o tempo.
Quero ter direito ao erro, mudar de opinião.
Não quero ser forte,
muito pelo contrário.
Quero simplesmente ficar triste
se imaginar que alguém levantou a voz pra mim
além do normal.
E bem naquele dia em que eu não acordei muito bem.

Quero concordar e depois perceber que discordo.
Quero mudar de ideia.
Quero não entender a piada.
Quero poder me enganar.
Quero não entender nada, não saber de nada,
não falar nada.
Quero o distanciamento, quero o vazio,
precisar de uma mão no meu ombro.

Não quero ser capaz de tudo
e muito menos ter a certeza absoluta de que posso tudo.
Às vezes, eu preciso ser frágil.
Frágil e perdida.
Me sentir cansada, me sentir sozinha,
até me sentir inútil.
Contanto que ainda me sinta eu.
Às vezes, quero o desabafo.
Ou o que eu quero, na verdade,
são aqueles silêncios que dizem tudo…


(Desconheço autoria)



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