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sábado, 13 de agosto de 2011

Dia dos pais - Infelizmente não tenho mais meu pai para dizer-lhe o quanto o amo, mas você que ainda tem o seu inspire-se no exemplo de João Luís de Almeida Machado e escreva algo.


Carta a meu Pai


Pai,

O texto que segue tem a pretensão de te dizer o quanto você representa para mim, para meus irmãos e para seus netos. Pretensão mesmo, pois as palavras podem ser doces, ternas e encantadoras mas ainda assim não conseguirei posicionar tudo o que fez por sua família. 

Exemplos vários foram dados em tantos momentos de nossos relacionamentos que podem ilustrar a força deste homem, de cabelos grisalhos hoje em dia, mas de uma força de caráter e presença de espírito sem igual, ainda maior por conta dos anos e da experiência acumulada.

Ainda assim, forte como sempre foi, sempre presente, foi capaz de nos presentear com todo o carinho do mundo. Nas horas difíceis estava lá. Quando uma derrota acontecia no futebol, um dissabor na escola ou uma briga entre irmãos ocorria, ele aparecia, trazendo-nos palavras que ajudavam a cicatrizar, a curar, a sarar qualquer ferida.

As vezes, por conta de nossas traquinagens, era mais duro, mas sempre pontual. Nos dizia de que forma tínhamos errado, como podíamos superar os problemas, buscava orientar e dar rumo, dar norte para que no futuro fôssemos melhores pessoas. Obrigado mesmo. Hoje sinto o quanto somos melhores por conta desse apoio incondicional.

E seu bom humor então! Se em algumas ocasiões era necessário colocar os pingos nos "Is" e dar algumas chamadas, em muitas outras o que prevalecia era o riso, por tantas e tantas histórias deliciosas, anedotas curtas ou ainda momentos de um brilho intenso que pareciam acontecer só para que você pudesse nos sintonizar e nos fazer sorrir, se divertir, se maravilhar com o mundo.

Falei sobre o apoio incondicional, mas era sempre muito mais do que isso. Pai, você sempre foi um amigão. As vezes ficávamos aborrecidos porque certas vontades que tínhamos não eram atendidas por você e pela mamãe. Algumas repreensões necessárias foram incompreendidas por nós e geraram pequenas revoltas. No final das contas, ainda que para algumas delas fosse necessário mais tempo, entendíamos e percebíamos que era tudo pelo melhor para todos. Afinal de contas, nossos melhores amigos, por conta de toda a ternura e experiência que tinham buscavam melhores respostas para nós.

Nossa história sempre foi belíssima. Éramos bebês e nos carregava no colo, depois passou a nos colocar sobre seus fortes ombros, chutava bola ou mesmo sentava-se no chão e brincava com as meninas, de boneca ou casinha para fazer sua alegria. Leu histórias para nós, empinava pipa, nos levava a praia. Acompanhou nossa trajetória na escola, nos incentivou a participar de atividades esportivas, queria que aprendêssemos outra língua, nos motivou a viajar e conhecer o mundo...

Passaram-se os anos, vieram a adolescência, a juventude, os namoros, as novas pessoas que por nossa conta começaram a frequentar nossa casa. E você lá, ao lado da mamãe, recebendo a todos com igual cortesia, mas sempre de olho para saber ao certo quais eram as boas companhias e aqueles que não mereciam nossa amizade... Olhar clínico, se não acertou em todas, diria que sua taxa de acertos foi sempre superior a 90%... Mais que aprovado, aprovadíssimo com louvor!

E o mais interessante na relação que travou com nossos amigos e que trava com nossos cônjuges é que despertou admiração em todos eles. Quantas vezes escutei deles que você e mamãe eram nota 10!

Além de tudo isso, ainda dava contas, com sobras, de todo o trabalho que tinha pela frente. Profissional honrado, respeitado e sério. Homem de palavra, que cumpria a risca os compromissos assumidos, juntamente aos grupos com os quais trabalhava, com os amigos e também a família. Admirado por todos, deixou marcas que ficaram para além dos seus juntamente a todos estes com os quais também conviveu. De te ver espero ter aprendido lições importantes para que em meu trabalho igualmente frutifiquem realizações e amizades.

Pai, se há palavras que cabem nesta carta que te envio, e tantas são elas a descrever o que você significa para mim e meus irmãos, certamente a mais importante é o amor que sempre, e digo sempre mesmo, demonstrou por nós, nos momentos difíceis, nas vitórias conquistadas, nos choros e nas mesas em torno da qual se reunia toda a família.

Hoje, também pai de família, espero que todos os seus ensinamentos façam de mim uma pessoa inesquecível como você para meus filhos. Pois é, os meus filhos, este dia chegou. E com eles e os sobrinhos, vieram os seus netos, que tanto te admiram. Adoram ir para sua casa, ficar com você e a mamãe. Reconhecem em vocês tantas qualidades que admiram em seus filhos, tudo por conta da formação, valores e educação que nos deram.

Como avós, vocês são pais elevados a enésima potência. Conseguiram se tornar ainda melhores, mais belos, serenos e estimados. 

Que Deus os conserve assim por muitos e muitos anos é o nosso desejo. E que estas palavras clareiem um pouco o quanto o amamos.

Do seu filho,

João Luís de Almeida Machado

2 comentários:

Eloah disse...

Linda carta!Tenho me emocionado muito por conta de tudo de lindo que tenho lido na blogosfera.Sensível por não ter mais o meu pai aqui para compartilhar este dia.Não estamos sós querida! Que Deus nos ilumine neste dia por ter tido pessoas especiais ao nosso lado e que agora nos fazem falta.Bom domingo, cheio de sol e muito amor.Bjs Eloah

Aline Carla Rodrigues disse...

Muito obrigada Eloah por sua tremenda sensibilidade! Desejo-lhe um domingo de paz e amor. Bjs, Aline Carla.

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