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sábado, 11 de junho de 2011

Amor de Carolina e Machado de Assis, um dos mais belos que já "vi", por isto faço esta postagem para homenagear ao dia dos namorados.

O amor de verdade, não o ficcional dos romances, para o homem Machado de Assis veio na figura de Carolina Novais, portuguesa e mais velha que o escritor. Em carta, Machado declarou-lhe: "Tu não te pareces com as mulheres vulgares que tenho conhecido. Espírito e coração como os teus são prendas raras [...] Como te não amaria eu?". Viram-se. Amaram-se. Casaram-se em 12 de novembro de 1869. Passaram por dificuldades financeiras antes e depois do casamento. Casamento este que durou 35 anos. Consta que na mais perfeita harmonia.



Quando Carolina Novais morreu, em 1904, a vida de Machado de Assis desmoronou. "Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo [...] Aqui me fico, por ora, na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará."
Carolina não teve de esperar mais que quatro anos. Com a vista fraca, uma renitente infecção intestinal e uma úlcera na língua, em 1.º de agosto Machado vai pela última vez à Academia Brasileira de Letras - que fundara em 1896 e da qual fora eleito presidente primeiro e perpétuo. Na madrugada de 29 de setembro de 1908, lúcido, recusando a presença de um padre para a extrema-unção, morreu Machado de Assis, reconhecido pelo público e pela crítica como um grande escritor.

Foi sepultado ao lado de Carolina, cumprindo o que prometera quatro anos antes à mulher, num soneto de despedida:

A Carolina


Querida, ao pé do leito derradeiro

Em que descansas dessa longa vida,

Aqui venho e virei, pobre querida,

Trazer-te o coração do companheiro.


Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro

Que, a despeito de toda a humana lida,

Fez a nossa existência apetecida

E num recanto, pôs um mundo inteiro.

Obs.: A imagem refere-se à "Noite estrelada sobre o Ródano - 1888 de Vincent van Gogh."

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