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sexta-feira, 18 de março de 2011

Ponto de discussão. Livros digitais podem criar problemas de desigualdade???


A rápida ascensão dos livros digitais pode criar uma desigualdade na leitura, fazendo com que as pessoas que não possam pagar  para ter a nova tecnologia acabem sendo deixadas para trás, em um período de declínio na capacidade de escrita e leitura nos Estados Unidos.
As comunidades negras nas quais muitos estudantes já estão ficando para trás de seus pares, membros de maiorias alfabetizadas, estão sob ameaça especial, disse a escritora Marita Golden - a despeito do número crescente de escritores americanos negros célebres, entre os quais Toni Morrison, que conquistou um Nobel de Literatura.
Marita disse que sua maior preocupação "é que a tecnologia continue aumentando essa desigualdade".
- Não teremos apenas uma desigualdade digital, mas uma desigualdade de leitura, se a leitura se tornar uma atividade que dependa de tecnologia. Caso [a leitura] venha a depender de tecnologia que precisa ser comprada, creio que a desigualdade na alfabetização persistirá e até mesmo crescerá.
Anos de discussão sobre o futuro dos livros em meio às amplas mudanças tecnológicas em curso, e o desejo de garantir que os escritores negros sejam incluídos nessa discussão, incentivaram Marita a escrever seu novo livro The Word ( A Palavra, em português), no qual escritores negros americanos falam sobre como a leitura melhorou suas vidas.
Edward Jones, que conquistou um prêmio Pulitzer por seu romance The Known World (O Mundo Conhecido, em tradução livre) diz que "a leitura e a escrita são fundamentais para ser uma pessoa melhor e ter uma vida melhor". Outros escritores contam como ler sobre vidas parecidas com as suas lhes propiciou confiança.
Nesse sentido, a tecnologia dos livros digitais, por exemplo, pode ser tanto uma vantagem como um problema para a alfabetização, explicou Marita, já que leitores que poderiam se sentir intimidados pelas muitas páginas de um livro talvez se entusiasmem com a leitura em forma digital.
Além disso, considerando que a comunidade negra dos EUA tem mais celulares e smartphones (celulares inteligentes) do que a comunidade branca, existe o potencial de explorar um mercado maior, acrescentou. "Mas o problema é ser possível baixar tanto jogos quanto livros, e não sabemos o que as pessoas farão".

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